quarta-feira, 14 de maio de 2008

Novo tema

Novo trabalho, novo tema, novo blog. Estamos aqui:



Visitem-nos!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Conclusão


É preciso repensar estas situações...

Obrigado a todos os que nos visitaram, que comentaram, que nos deram força para continuar, a todos os professores que tiveram esta magnífica ideia e organizaram este trabalho, aos nossos colegas, à nossa professora Sandra Garcia e a todos os outros que contribuíram directa ou indirectamente para a realização deste trabalho. A todos o nosso obrigado!

(Maria João, Rui, Luís Filipe e Ana)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Datas

16 de Janeiro de 1970
“Uma das maiores cheias do século!” Ocorrência de cheias no rio Tejo que inundaram o Ribatejo, isolando povoações e lançando no desemprego trabalhadores agrícolas e pescadores.

29 de Setembro de 1990
As zonas de maior risco, em Portugal, situam-se nas bacias hidrográficas dos rios Minho, Lima, Cavado, Ave, Douro, Vouga, Mondego, Tejo, Sado, Mira e Guadiana.

19 de Agosto de 2000
“Bacia do Mondego em perigo!” O sindicato considera que se as minas com águas ácidas não forem tratadas poder-se-á assistir à contaminação radioactiva do rio Mondego e de todos os lençóis e cursos de água no distrito de Viseu, especialmente nos concelhos de Nelas e Mangualde.

16 de Dezembro de 2000
“Barragem ameaça casas...!” Ocorrência de uma avaria no sistema de controlo das comportas da barragem de Fagilde, perto de Viseu, com risco de ruptura, ameaçando assim as localidades de Fontanheiras, em Nelas, e São Gemil, em Tondela, bem como as casas nas margens do rio Dão.

4 de Março de 2001
Queda da ponte Entre-os-Rios devido à exploração de inertes, da qual resultaram 59 vítimas.

18 de Fevereiro de 2008
Por volta das nove da manhã, Setúbal conheceu uma das maiores tempestades dos últimos anos. Automóveis submersos, avenidas desaparecidas e escolas encerradas, era este o cenário visível ao fim da tarde na Praça do Bocage, Largo de Jesus e Avenidas 22 de Dezembro e 5 de Outubro.

Adaptado de http://www.meteopt.com/forum/eventos-historicos-efemerides/cronologia-meteorologica-de-portugal-seculo-xx-1894.html



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Simulação

Para simularmos a acção erosiva e de transporte de um curso de água, realizámos uma pequena experiência:

Material

- "Caleira" de plástico;

- Detritos de diferentes dimensões: calhaus rolados, areias;

- Regador;

- Tina de vidro.


Modo de proceder

1) Coloque a caleira de modo que a parte superior fique mais inclinada e a parte inferior quase horizontal;
2) No topo inferior da caleira, coloque a tina para receber a água e detritos que vão escorrer;
3) Na parte superior da caleira, coloque os detritos com diferentes dimensões misturados;
4) Deite água sobre os detritos com um regador e vá observando o que acontece.

Utilizámos, também, uma esponja, com a finalidade de compreender o funcionamento de uma barragem:

O principal processo de fornecimento de materiais para o litoral encontra-se associado aos rios. De facto, uma grande quantidade dos sedimentos que se deposita no litoral é de origem fluvial. No entanto, a construção de grandes barragens para fins turísticos, hidroeléctricos e agrícolas induz a diminuição drástica do fluxo de partículas sedimentares para o litoral. As barragens servem de barreiras artificiais ao trânsito de sedimentos, com uma consequente acumulação a montante e uma deficiente acumulação a jusante.

Por vezes, e em resultado desta acumulação artificial de sedimentos em determinados troços de um rio, é possível observar uma actividade económica geradora de alguma controvérsia: a extracção de areias do leito de um rio.

As barragens provocam a retenção da água, formando uma albufeira, o que não só regulariza o caudal a jusante da barragem como também a água acumulada pode ter outras utilizações. Pode ser usada para abastecimento das populações, na irrigação de terrenos agrícolas e pode ter aproveitamento hidroeléctrico. Quando ocorre uma precipitação fora do normal, o excesso de água fica armazenado na albufeira, evitando, assim, inundações a jusante.

Apesar dos benefícios das barragens, elas acarretam também alguns incovenientes. Ao longo do tempo vão-se depositando no fundo materiais transportados pelo rio, o que vai diminuindo a capacidade de armazenamento de água e reduz a quantidade de detritos debitada no mar. Por outro lado, as barragens, como qualquer outra obra de engenharia, têm um determinado período de vida útil; no final, colocam-se problemas de segurança. Além disso, as barragens têm um impacto negativo nos ecossistemas aquáticos e terrestres da zona.

Questões e conclusões

1) Qual a posição dos materiais de diferentes dimensões no fim da experiência?
2) Alguns materiais foram transportados com a água até à tina. Quais?




No início da experiência, ao deitar-se água nos detritos rochosos, observou-se que as poeiras, mais finas e leves, foram as primeiras a ser transportadas pela água ao longo da calha até à tina de vidro, onde se depositaram, constituindo assim várias camadas de sedimentos de diferentes tamanhos, estrutura e composição mineralógica; por outro lado, os fragmentos de maior tamanho ficaram retidos na esponja, tal como acontece numa barragem, que serve de barreira artificial à passagem de sedimentos, onde há uma acumulação a montante e uma deficiente acumulação a jusante. De seguida, a esponja foi retirada, pelo que os fragmentos rochosos de maior tamanho foram-se depositando na tina, constituindo assim várias camadas de estratos. No final, obteve-se um conjunto de camadas estratificadas bem definidas através das quais se observava que os fragmentos se tinham depositado por ordem decrescente de tamanho, isto é, dos maiores para os mais pequenos.


Um agradecimento especial à Senhora Professora Sandra e à Dona Milú pela ajuda que nos deram na experiência!

Fontes: D. Guerner, G. Paula, R. Paulo, Geologia 11, Areal Editores, Perafita, 2004 e S. Amparo, G. Fernanda, S. Maria, M. Almira, B. Ludovina e F. José, Terra, Universo de Vida, Porto Editora, Porto, 2007

Erosão, transporte e sedimentação

Ao longo do seu curso, os rios realizam três trabalhos geológicos essenciais para a construção e modificação do relevo - a erosão, o transporte e a sedimentação:

  • A erosão provocada pelas águas dos rios designa-se por erosão fluvial; é provocada pela extracção progressiva de materiais do leito e das margens; esses materiais resultaram da alteração de rochas e, pela erosão, são removidos do local onde se encontram. É devida à pressão que a água exerce sobre as saliências do leito e das margens e é principalmente importante em épocas de cheias, em que a velocidade das águas é mais elevada. O poder erosivo de um rio será tanto maior quanto maior for o seu caudal e a inclinação do seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso.
  • Depois da remoção, os fragmentos sólidos (detritos), independentemente das suas dimensões, fazem parte da carga sólida do curso de água. Estes materiais podem ser levados para outros locais, a maiores distâncias; este transporte pelas águas fluviais pode fazer-se por vários processos:

1) Materiais em solução - a água , ao passar pelas rochas, pode dissolver diversas substâncias. Se as condições forem favoráveis à precipitação de um soluto, formar-se-ão as respectivas rochas sedimentares de origem química.

2) Em suspensão mecânica e coloidal (materiais finos) - a água corrente possui a capacidade de manter em suspensão partículas sólidas graças à sua velocidade e, sobretudo, ao seu grau de turbulência. Quanto maior for a velocidade de um rio, maior será a sua capacidade de manter e transportar partículas em suspensão.

3) Por saltação, rolamento ou arrastamento (materiais mais pesados) - graças ao movimento das águas fluviais, verifica-se uma pressão horizontal sobre o leito do rio, que aumenta com a velocidade e com a viscosidade da água.
  • A sedimentação consiste na deposição dos materiais ao longo do leito ou nas margens; é ordenada segundo as dimensões, o peso dos detritos e a velocidade da corrente: os materiais mais pesados e de maiores dimensões depositam-se mais para montante os de pequenas dimensões e mais finos depositam-se próximo da foz (a jusante) ou são transportados para o mar. A deposição de materiais nas margens desempenha um papel importante aquando da ocorrência de cheias. Na planície de inundação ficam depósitos, os aluviões, que tornam essas zonas muito férteis. Em cada troço do rio realizam-se simultaneamente os três tipos de trabalho geológico; no entanto, de uma forma selectiva, predomina um ou outro.


Podemos dividir o percurso de um rio da nascente até à foz em três secções: o curso superior, ou alto curso, o curso médio e o curso inferior.

  • O curso superior corresponde à parte mais inclinada e é onde a erosão e o transporte de materiais são mais fortes.

  • No curso médio a inclinação já não é tão acentuada e, por isso, as águas perdem força e não têm tanta capacidade de transportar os sedimentos maiores.

  • O curso inferior é a zona mais próxima da foz e, portanto, quase não tem inclinação, o que faz com que haja pouca erosão e quase nenhum transporte. Se a foz estiver livre de sedimentação, chama-se estuário; quando tem acumulações de aluviões que vão dificultar a saída da água, dá-se o nome de deltas.

O percurso de um rio pode ser estudado através do seu perfil longitudinal e do seu perfil transversal. Através do perfil longitudinal (linha que une os pontos do leito, desde a nascente até à foz), podemos estudar com exactidão o declive do leito do rio ao longo do seu percurso. Já o perfil transversal mostra-nos as características do vale numa determinada secção do rio.


Adaptado de http://www.geocities.com/athens/forum/5265/transp.htm, http://pwp.netcabo.pt/geografia/evolformrelevo.htm e de S. Amparo, G. Fernanda, S. Maria, M. Almira, B. Ludovina e F. José, Terra, Universo de Vida, Porto Editora, Porto, 2007

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Jornal Bacial

leito

Do latim lectu, s. m. - parte do rio normalmente coberta pela água; terreno coberto pelas águas quando não influenciado por cheias, inundações ou tempestades.

  • Leito aparente - é o sulco por onde normalmente correm as águas e os materiais que elas transportam.
  • Leito de estiagem ou menor - corresponde à zona ocupada por uma quantidade menor de água, como acontece, por exemplo, durante o Verão.
  • Leito de inundação - é o espaço do vale que é inundável em época de cheias. Uma inundação ocorre quando o nível das águas ultrapassa os limites do leito aparente, submergindo a área circundante - planície de inundação.

As cheias são fenómenos naturais extremos ou temporários, provocados por precipitações de elevada intensidade. O excesso de água faz aumentar o caudal dos cursos, com extravase do leito normal e a inundação das áreas vizinhas. A elevação do leito normal de um rio e consequente inundação das margens pode trazer elevados prejuízos materiais e humanos.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial, os desastres provocados por cheias têm vindo a aumentar, como consequência, principalmente, da expansão urbana em planícies aluviais. A ocupação humana destas áreas tem-se reflectido no agravamento dos danos provocados por cheias, que mesmo em bacias regularizadas, continuam a ocorrer e a provocar extensas inundações, com perdas humanas e grandes prejuízos.
Ao longo das últimas décadas, as tentativas de minimização dos efeitos desses acontecimentos extremos têm-se limitado a intervenções técnicas sobre as linhas de água (barragens, açudes, diques), esquecendo completamente a dinâmica social e geográfica das áreas susceptíveis de inundação.

Adaptado de http://www.ualg.pt/5cigpa/comunicacoes/artigo_final.doc

Ora, ainda esta semana assistiu-se a violentas cheias na capital.

As cheias de segunda-feira na Grande Lisboa causaram um morto, dois desaparecidos, cinco feridos, 179 desalojados e 122 deslocados. De acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil no Distrito de Lisboa as cheias mobilizaram 296 bombeiros, 102 viaturas e três botes.

No Distrito de Setúbal as inundações obrigaram a uma evacuação e ao encerramento de todas as escolas do Concelho, por precaução. Em Sines o abastecimento de água foi cortado devido ao deslizamento de terras. No Distrito de Setúbal foram mobilizados 520 bombeiros e 180 veículos. A circulação de comboios esteve parcialmente cortada na Linha do Norte, na Póvoa de Santa Iria, entre as 08h00 e as 10h30, e na linha do Sado, até meio da tarde. Em Lisboa o Metropolitano de Lisboa foi obrigado a encerrar a estação de Sete Rios devido à entrada de água pelos acessos e escadarias da gare. A luz esteve cortada em algumas zonas de Lisboa, Cascais e Loures devido a inundações em subestações e postes de transformação de electricidade. Na região da Grande Lisboa, há 20 anos que não chovia tanto e em tão pouco tempo.

Buscas retomadas na Ribeira do Jamor

Trinta bombeiros e seis equipas cinotécnicas retomaram hoje as buscas para encontrar o corpo da mulher desaparecida, ontem, em Belas, após a queda do automóvel em que seguia. A mulher era uma das ocupantes do veículo que cerca das 07h00 da manhã de segunda-feira caiu na ribeira. Já ontem, cerca das 12h00, os bombeiros tinham resgatado a primeira vítima que se encontrava no interior da viatura.

Retirado de http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=327376&visual=26&tema=1


A brincar, a brincar... Dizem-se coisas a sério.

Assim, de modo a prevenir a ocorrência de cheias, o Homem deve adoptar algumas medidas:

  • Ordenar e controlar as acções humanas nos leitos de cheias;
  • Implementar medidas que impeçam a construção e a urbanização de potenciais zonas de cheias;
  • Construir sistemas integrados de regularização dos cursos de água com a construção de barragens.

Outras fontes: D. Guerner, G. Paula, R. Paulo, Geologia 11, Areal Editores, Perafita, 2004 e S. Amparo, G. Fernanda, S. Maria, M. Almira, B. Ludovina e F. José, Terra, Universo de Vida, Porto Editora, Porto, 2007

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ocupação antrópica?

Ocupação antrópica é a ocupação, pelo Homem, de zonas terrestres, de zonas fluviais (onde se insere o nosso trabalho) e a sua exploração, consoante as necessidades humanas. O crescimento de cidades nas proximidades dos cursos de água deve-se à sua utilização como vias de comunicação, ao fácil acesso à água, energia e alimento e à existência de solos férteis para agricultura nas suas margens. No entanto, esta localização pode ter alguns riscos, nomeadamente o perigo de inundações.
O elevado crescimento da população humana faz aumentar a ocupação antrópica, que se traduz numa pressão excessiva sob os subsistemas terrestres (geosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera), contribuindo para o seu desequilíbrio.
A ocupação antrópica conduz a enormes alterações das paisagens e promove a exploração acelerada dos recursos naturais, levando ao seu esgotamento.
Alguns problemas associados à acção antrópica são:

  • A crescente ocupação de zonas superficiais por infra-estruturas humanas, que cria grandes áreas impermeáveis, dificultando a interacção entre os subsistemas terrestres;
  • O aumento da exploração agrícola, que conduz a problemas de desflorestação e de exaustão dos solos.

É, pois, imprescindível regular a ocupação antrópica, tornando-a sustentável e minimizando a deterioração ambiental e o seu desequilíbrio.

Adaptado de http://www.infopedia.pt/$ocupacao-antropica e de S. Amparo, G. Fernanda, S. Maria, M. Almira, B. Ludovina e F. José, Terra, Universo de Vida, Porto Editora, Porto, 2007

Imagem: http://pro.corbis.com/search/searchFrame.aspx